Ceará registrou 251 homicídios no último mês de janeiro

 

No primeiro mês da gestão do secretário da Segurança Pública Samuel Elânio, o Ceará registrou 251 Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs, ou seja, homicídios dolosos, feminicídios, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios). O número de assassinatos registrados no Estado no último mês de janeiro é o mesmo registrado em janeiro de 2022 e está próximo à média mensal de homicídios de 2022, que foi de 247,5.

Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 8, pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). A pasta já havia divulgado, na terça-feira, 7, que Fortaleza registrou 51 CVLIs em janeiro, o que foi o melhor resultado da Capital desde novembro de 2019. Foi uma redução de 22,7% em comparação com janeiro de 2022.

Apesar disso, nos demais municípios da Região Metropolitana de Fortaleza, foi observado um aumento de 40,35% no número de CVLIs. O pior resultado foi registrado na Área Integrada de Segurança (AIS) 24, que engloba os municípios de Maranguape, Pacatuba e Guaiúba.

 

Já nos municípios do Interior, foi registrada uma pequena redução. Enquanto em janeiro de 2022, 128 homicídios haviam sido registrados nos municípios interioranos, neste ano, foram 120 homicídios. Destaque para a AIS 22 (onde estão Tauá, Quiterianópolis, Parambu, Arneiroz, Aiuaba, Catarina, Mombaça e Piquet Carneiro) que não registrou nenhum assassinato em janeiro.

Entre as dez AIS que a SSPDS divide a Capital, nove registraram redução no número de assassinatos. A AIS 1 não registrou homicídios em janeiro — a região engloba os bairros Cais do Porto, Vicente Pinzón, Mucuripe, Aldeota, Varjota, Praia de Iracema e Meireles.

A única AIS a registrar aumento de homicídios foi a AIS 5, que teve quatro homicídios em janeiro de 2022 e, neste ano, teve cinco homicídios. Lá, estão 19 bairros, entre eles, Parangaba, Benfica, Montese e Fátima.

Ao comentar os resultados de Fortaleza, o secretário Samuel Elânio afirmou que metodologias que obtiveram sucesso na redução de CVLIs na Capital seriam levadas também para os demais municípios. “Isso é exatamente fruto do trabalho integrado do uso da inteligência, tanto da Secretaria, como das Polícias Civil e Militar, que estão presentes em territórios, onde identificamos a atuação de criminosos”, afirmou ele.

“Isso tem demonstrado que esse trabalho tem sido cirúrgico começando nas áreas mais difíceis e sendo expandido para as demais partes do Ceará”.

A SSPDS também divulgou o número de mortos em intervenção policial. Em janeiro, foram oito casos. O Estado registrou 152 mortes em intervenção policial em 2022, o que dá uma média de 12,6 casos mensais.

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